terça-feira, 19 de abril de 2011

Durante uma conversa com uma amiga, ela me questionou a respeito a inclusão nas escolas e principalmente na faculdade.
Como se dá  esta inclusão??
Qual a parte que cabe ao psicólogo?

A inclusão se dá de modo a pensar que esse ser que apresenta diferenças dos demais pode e deve fazer parte da sociedade, mas como?
A condição imediata de qualquer profissional  não é resolver "o problema" do aluno, que podem ser de diversos tipos, mas sim propiciar ao indivíduo a possibilidade de se aprofundar e desfrutar o seu máximo potencial, que se apresenta de diferentes formas em cada indivíduo, alguns com música, pintura, teatro, poesia, etc...
Então, isso significa que um professor deve "passar de ano", contar pontos, para que o aluno termine o ensino fundamental, médio ou superior??

Acredito que não seja por este lado que a inclusão foi pensada. A inclusão vislumbra que aos portadores de necessidades especiais possam atuar mais do que antes,  jamais objetivando que tal feito desmembre uma classe; como por exemplo um aluno com necessidades especiais que não consegue fazer um quadrado e está em uma faculdade particular no curso de engenharia, obvio que isto não será possível a curto prazo.

Vem a questão, em que momento este indivíduo escolheu essa profissão? por qual motivo? 
Está evidente que houve uma identificação com algo ou alguém.
A família que o respalda é a peça essencial que deve ser orientada para que seja feita desta vida, que busca por um "algo mais", não se frustre de modo que desista de estudar, de fazer esportes, de meditar, etc... ou seja, não desista de qualquer atividade que se disponha a realizar, mas como?

Neste caso, não basta o professor, a direção, o médico, o psicólogo, ... o trabalho deve ser multidisciplinar a ponto de olhar esse indivíduo de forma global, em seu todo e em seu contexto para somente assim poder intervir de forma satisfatória.

Quer dizer que não só o Psicólogo deve atuar?
Sim, Sim, Sim!!! Todos os profissionais envolvidos com o indivíduo, perante aquela ação, devem se manifestar, discutir e intervir junto à família e o indivíduo, não cabe somente ao psicólogo avaliar!!
Esse nada mais é que um TABU que está sendo desvelado, se referindo a idéia de que o psicólogo serve para avaliar, mensurar, quantificar, rotular e, conseqüentemente, provocar a exclusão dos indivíduos da uma sociedade tão preconceituosa. Ou seja, Psicólogo sendo visto como um profissional voltado para  os "loucos" ou "deficientes mentais".

Se você é professor, médico, coordenador, etc... eu indico que procure mais profissionais, de diversas áreas, para discutir o caso em questão, considerando que não somente o psicólogo é o detentor do poder de formular uma idéia global de um indivíduo, pensando que uma pessoa que se interesse empaticamente a entender o mundo daquele em questão pode estar atuando em grande escala naquela vida. E sim, considerando que este olhar não significa resolver qualquer situação, mas busca e propicia a possibilidade, que ninguém pode negar, a um indivíduo que busca um "algo mais" em sua vida.

Atenciosamente
Paula de Souza Cardoso

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